Aos dois anos e meio, Ana Pinto Monteiro – a quem todos chamam Anocas – foi diagnosticada com um tumor cerebral inoperável. Os médicos deram-lhe entre três a seis meses de vida. Mas, dezassete anos depois, Anocas continua a contrariar as estatísticas.
Entre cirurgias, longos internamentos e uma perda progressiva de visão e mobilidade, Anocas cresceu a desafiar o impossível. Ao lado, a mãe Alexandrina transformou a luta pela sobrevivência da filha numa batalha diária por dignidade, acesso à educação e inclusão.
A reportagem “Anocas, Amor em Movimento” acompanha a vida destas duas mulheres: uma jovem que encontrou na música e na arte o seu refúgio e forma de expressão e uma mãe que vive entre terapias, escolas e consultas médicas. Alexandrina sublinha que faz tudo para segurar o céu com as mãos para que este não caia em cima da cabeça da filha.
Num país onde a inclusão continua muitas vezes por cumprir, esta história é também um retrato das falhas do sistema educativo.
“Anocas, Amor em Movimento” é uma reportagem da autoria de Tatiana Felício.