Mário Soares era maior que a vida.
Foi quase tudo que podia ser e quis ser.
Lutou contra a ditadura, apoiou as candidaturas presidenciais de Norton de Matos e de Humberto Delgado, de quem foi advogado da família, foi preso 12 vezes, deportado para São Tomé e Príncipe e exilado politico em Paris.
Chega a Portugal a 28 de Abril de 74, de comboio vindo de França.
Em liberdade foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, Primeiro Ministro três vezes, Presidente da República dois mandatos e tentou um terceiro.
A Antena1 juntou os filhos para uma conversa sobre o pai. Isabel Soares, actual presidente da Fundação Mário Soares e Maria Barroso e directora há 40 anos do Colégio Moderno fundado pelo seu avô, e João Soares, antigo Presidente da Câmara de Lisboa,
foi Ministro da Cultura e deputado.
Nem um nem outro se queixam do peso do apelido, do legado, pelo contrário, dizem que as vantagens eram tão mais relevantes que têm mais dificuldade em encontrar as desvantagens. Nesta conversa, com a ajuda do arquivo da rádio pública, marcada por alguns registos sonoros menos comuns onde Mário Soares aparece antes do 25 de Abril, onde se evoca a circunstância única, na politica portuguesa, de se ter auto suspendido como Secretário-Geral do PS por discordar do apoio ao General Ramalho Eanes em 1980.