José Jorge Letria tem um lado heteronímico como Fernando Pessoa.
“Eu sou vários”, assume.
Nesse desdobramento cabe um jornalista…
um poeta…
um escritor inspirado, premiado…
um cantor de referência da história da canção de intervenção política em Portugal, ao lado de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Sérgio Godinho.
Nasceu perto do mar, em Cascais.
O pai queria muito que ele fosse engenheiro naval, mas não se deixou moldar.
“Que ninguém nos dome”, escreveu na sua Ode ao Gato.
Adora gatos.
[… também tem 7 vidas como eles!]
Ama cães.
Não hesita em chamar-lhes melhores amigos e assume um vazio irreparável quando os perde.
Histórias não lhe faltam. Resiliência também não.
Acha-se fisicamente parecido com Hemingway, mas descobrimos parecenças com outra personalidade vincada…
Este Infinito Particular não termina sem antes ficarmos a saber qual a frase que calhou em sorte ao Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores na já famosa Tômbola Redonda…
Texto de Susana Bento Ramos