O passeio pelas ruas estreitas que compõem o MED, que aos poucos se erguia com bancas de artesanato e gastronomia, antecedeu a primeira emissão especial do MED. Pelo recinto do Festival, os repórteres da Antena 1 desdobravam-se em entrevistas e preparações e o sol posto trazia-nos as primeiras melodias do Palco Chafariz.
A diversidade da programação é o ex-libris do Festival: no primeiro dia (27), cruzámo-nos com a kora mágica de Ballaké Sissoko, com o nu-folk dos Puuluup ou com os ritmos latino-americanos dos Kumbia Boruka, grupo baseado em Paris mas que tem na sua composição membros do México, Colômbia ou Peru. Mas também com uma diversidade de aromas e sabores que, até sábado, preencherão o Castelo.
Os cheiro e sabores pelas ruas do MED
Não só de música se faz um Festival e o MED é prova disso. A cada esquina, cruzamo-nos com cheiros, cores e sabores que vêm de todos os lados e que se adequam a todos os gostos e feitios. Pedro Miguel Ribeiro, repórter da Antena 1, andou pelo labirinto de ruelas com microfone em punho. No caminho, encontrou a vertente artesanal e do comércio das banquinhas que se estendem por todas essas ruas e deu-nos a conhecer a Dona Filomena, costureira responsável pelos fatos de Carnaval de Loulé e das Marchas da Quarteira, e a Dona Encarnação, que têm à disposição bonecos de crochet feitos por ela de todas as cores e feitios.
A mistura de especiarias preenche uma rua em especial: é lá que encontramos Mustafah Ibn Ammar – natural de Marraquexe, vive em Olhão há 14 anos e, na sua banca, o que não falta são sementes para chás. Cravo da Índia, sementes de coentros, anis… Quem passa pelos chás de Mustafah vê-se obrigado a parar, até porque as suas sementes, quando misturadas, são cura certa para várias maleitas.
A música na Antena 1, de Portugal a Mali
Há também quem diga que dançar cura todos os males. Na emissão da Antena 1, Nuno Galopim e Herberto Quaresma receberam os que cantam “triste é quem fica a ver dançar”. São eles Cara de Espelho, banda composta por nomes já conhecidos da música portuguesa: Pedro da Silva Martins e Luís J. Martins (ex-Deolinda), Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa) Mitó Mendes (A Naifa), Nuno Prata (Ornatos Violeta) e Sérgio Nascimento (Humanos). Como é que começou isto tudo? “Havia uma vontade antiga que já vinha de há muito tempo, de encontros em Festivais”, contam-nos. Quase todos são repetentes no MED, cada um com a sua respetiva banda, mas, pela forma como o Festival e o traço das ruas de Loulé se desenham, “o ambiente espetacular do Festival ficou sempre na memória”
Os Nomad, grupo de DJs composto por Fábio Antão, Paulo Monteiro e João Vaz, partilham do sentimento de folia: “o MED tem sabor a festa, estamos preparados para receber muita animação”. Com um set composto por canções de origem africana, da zona do Magreb e da Argélia, o grupo não esquece o Marrocos, país convidado e que estreia este conceito no 20.º aniversário do MED. O concerto marcado para o Palco Matriz às 2:15 terá de ser reagendado pelas condições metereológicas desfavoráveis. Não obstante, os Nomad mantém que o sentido de viagem é a principal fonte de inspiração e estímulo, e certamente será o mote para o encontro que dar-se-á em breve.
No MED, a programação vai da kora mágica de Ballaké Sissoko aos ritmos latino-americanos de Kumbia Boruka, e a Antena 1 está em todas as frentes. Ao longo da emissão de amanhã poderá ouvir a entrevista a Sissoko, conduzida por Herberto Quaresma e, abaixo, aceda ao excerto da conversa que tivemos com Hernán Cortés e Christian Briseños, vocalistas de Kumbia Boruka.
Acompanhe a operação digital da Antena 1 no Instagram, Facebook e aqui no site. A emissão especial a partir do Festival regressa na sexta-feira e no sábado, das 21h às 23h, e pode acompanhá-la aqui em direto, por aqui.
