Na viragem do milénio, a cidade do Porto assistia a um revivescer do movimento folk, com a riqueza de repertório e instrumentário que o caracteriza. Munidos das gaitas de fole que lhe dão o nome, de percussões e cordofones, os Arrefole estavam lá, e assim continuaram por duas décadas. Chegou a hora da despedida, com ARRE: um Disco Antena 1, com edição marcada para 24 de setembro.
“Viva a música e os instrumentos de raiz”, dizem nas notas que acompanham o álbum, que reúne seis originais da banda, lado a lado com quatro tradicionais re-arranjados e inéditos. Sons que cruzam visões de viagens cinematográficas com a essência do folk, com um olhar progressivo e contemporâneo. A 24 de setembro, realizam o espetáculo de fecho do Festival Maia Folk (evento com Apoio Antena 1).
O fundador da banda, Gonçalo Cruz, tocador e construtor de gaitas de fole, tem seguido uma carreira de investigação académica e artística na Finlândia. Nuno Flores, tocador de bouzouki e sanfona, e arranjador da banda, tem-se dedicado ao trabalho de produção musical a par do trabalho como professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Daniel Pereira (Cristo), tocador de cordofones tradicionais, tem-se dedicado à sua carreira em nome próprio, tendo vencido o Prémio Carlos Paredes em 2018. João Conceição, o percussionista que viajou até à India para estudar tablas e até Moçambique para estudar timbíla, tem-se dedicado a outros projetos musicais. A vocalista barcelense Raquel Ferreira tem seguido no projeto Origem Tradicional o seu canto.
- A 16 de outubro, Ana Sofia Carvalheda destaca ARRE no seu programa A Árvore da Música.