Foi em 1978 que aconteceu pela primeira vez: Caetano Veloso e Maria Bethânia percorreram o seu país numa digressão conjunta, irmãos de sangue e de melodia. E foi 46 anos depois que estas “entidades diferentes, mas complementares na música do Brasil” – palavras do crítico Mauro Ferreira – se reencontraram em palco, para um espetáculo agora imortalizado no álbum “Caetano & Bethânia ao Vivo” (sucessor de “Ao Vivo”, editado em 1978).
Este é o ponto de partida para o “Gira Discos” desta semana, em que Nuno Galopim propõe um percurso pelas histórias entre os dois – que se contam com canções. A primeira é “Tropicália”: estreada em 1968, no disco homónimo de Veloso, reproduz-se agora numa versão a duas vozes, retirada do álbum que dá o mote ao episódio. Gal Costa, Gilberto Gil e Jorge Ben Jor são alguns dos outros artistas se fazem ouvir neste alinhamento.