Depois de “ABBA: O Calor que Vem do Frio”, a Antena 1 transmite um novo especial de João Gobern. O contemplado desta semana é “um dos grandes da francofonia”, Charles Aznavour, na semana do centenário do seu nascimento. Da falta de entusiasmo da crítica à dimensão universal conquistada, da vida ao legado, são cinco episódios para ouvir até sexta-feira na nossa emissão, e também online, na RTP Play. Versão compacto para ouvir na Antena 1 pelas 15h de domingo.
“Comecei a ouvir Aznavour por via paterna, tive a sorte de o ver ao vivo”, afirma Gobern, em entrevista com a rádio pública, descrevendo o artista como “um ‘minorca’ que se tornava gigante em palco” (e que compensava a baixa estatura com tacões internos”) A sua ligação a Aznavour intensificou-se com o passar dos anos, com o impulso do programa “Bairro Latino”: tornou-se um “estudioso, ainda mais por causa da sua relação com Portugal e com Amália.”
É justo apelidá-lo de Frank Sinatra francês? “O Sinatra é uma boa referência, porque esteve sempre na mira de Aznavour, que queria mesmo ser o maior do mundo” – e assim já foi reconhecido pelo canal CNN e pela revista Time.
Quanto à voz, era – do ponto de vista técnico – mais potente que a de Brassens e de Ferré, quase tão teatral (no bom sentido) como a de Brel, e tão marcada como a de Bécaud. Mas demorou a impor-se…
Alguns desses episódios da vida de Aznavour serão tratados em “O Génio Não se Mede aos Palmos”: desde ter sido obrigado por Edith Piaf a fazer uma cirurgia corretiva do nariz, ao recurso a tacões internos de 6 a 7 centímetros, ou ao timbre que fez alguns pensarem que escutavam o som da laringite.