É dele a música escolhida para representar Portugal na Expo Osaka no Japão. Aos 21 anos, o pianista e compositor tem boas notas para descrever o mundo. O seu e o nosso. A melancolia e o talento combinam o que define como ” melodias cinematográficamente melancólicas”. Não espanta o desejo de escrever bandas sonoras para filmes. Tem 2 álbuns editados e completa este ano, em Roterdão, o último semestre da licenciatura em composição para jazz.
A música insinua-se na vida de Máximo Francisco com as cordas de um violoncelo, mas foi um sintetizador de 10 euros que lhe lançou o feitiço. Aos 7 anos entra para o Conservatório de Música em Lisboa e o piano revela-se na sua mais íntima forma de expressão. Confessa que se debateu com a rigidez da formação clássica mas cumprida esta etapa, voou para os Países Baixos escolhendo a Codarts Rotterdam para a licenciatura em composição jazz.
Antes, lançou “GREATEST HITS”, primeiro álbum onde juntou uma coleção de temas compostos entre a infância e a adolescência, sucessos consagrados desde logo ,entre os amigos e a família . Em Outubro do ano passado, lançou “PANGEA”, segundo álbum de originais, movido pelo combate às alterações climáticas. É já uma nova etapa, acompanhada por um trio de músicos que partilham harmonias e utopias. Pangea, é também a escolha para celebrar a representação portuguesa na Expo Osaka, no Japão, onde vai actuar em Agosto.
Não esperem dele a música das palavras . O jovem introvertido, que assume a melancolia como fonte de inspiração, procura outras notas para se fazer ouvir.
Máximo Francisco é Pessoa para Isso