Nome incontornável da banda desenhada portuguesa, José Ruy deixa uma extensa obra em quadradinhos, entre adaptações de marcos da literatura portuguesa (como Os Lusíadas e Peregrinação), biografias de personalidades célebres e histórias de várias localidades portuguesas, e não só. O seu traço e criatividade também deixaram marca em ficções próprias e muitos projetos humorísticos.
José Ruy publicou muitos livros e, ao longo do seu percurso, passou por revistas como o Mosquito e o Tintin, mas não se ficou apenas pela banda desenhada: também foi decorador, ilustrador, pintor e técnico de artes gráficas.
Nascido na Amadora em 9 de maio de 1930, José Ruy nunca abandonou a sua cidade. Entusiasta de toda a banda desenhada, acompanhando sempre o trabalho dos artistas emergentes, trabalhou incansavelmente enquanto artista experiente da nona arte. O seu trabalho foi reconhecido pelo público e pelos seus pares, e foi agraciado com vários prémios e distinções.
Tendo em conta a sua história e o seu legado, fazia todo o sentido ser o primeiro convidado do Pranchas e Balões, que prestou homenagem ao autor com esta emissão especial em direto.
O programa contou com a presença de António Baptista Lopes (da Âncora Editora, que publicou muitos livros de José Ruy), Maria José Magalhães Pereira (que trabalhou com José Ruy nos tempos da Meribérica), Paulo Monteiro (autor de BD e diretor do Festival de Beja, ao qual José Ruy doou uma boa parte do seu espólio) e Rui Brito (editor da Polvo, para a qual José Ruy estava a preparar alguns projetos).
Uma homenagem devida a um dos grandes da BD portuguesa.