Nos Açores, o tempo pesa mais do que em qualquer outro lugar quando o assunto é AVC (acidente vascular cerebral).
A cada hora sem tratamento, morrem quase dois milhões de células cerebrais.
Entre ilhas, os diagnósticos que dependem de TACs e evacuações aéreas podem demorar até 17 horas e salvar um cérebro torna-se uma corrida contra o relógio.
Na reportagem “Tempo é cérebro”, conhecemos o caso de Jaime, de São Jorge, e o de Conceição, ambos vítimas de AVC. A repórter Inês Linhares Dias conta como a geografia, a meteorologia e a falta de meios técnicos tornam o tempo um inimigo difícil de vencer.
Médicos, enfermeiros e decisores políticos revelam os bastidores de uma rede que tenta encurtar distâncias: desde as unidades de saúde das ilhas sem hospital, à evacuação aérea até à Madeira, onde se realizam alguns dos procedimentos que podem devolver autonomia e vida.
“Tempo é Cérebro” é uma reportagem a autoria de Inês Linhares Dias com sonoplastia de Tiago Matias.