Nas nossas peregrinações aos grandes visionários da Terra Media, perseguimos as pegadas e coletamos as relíquias destes criadores que abriram portas e traçaram tendências ou daqueles artistas que souberam navegar habilmente pelo nosso vasto ecossistema mediático.
O visionário de hoje inscreve-se nestas duas categorias. Por um lado, criou obras que ajudam a definir a nossa época e, por outro, deixou a sua marca em toda a vastidão da Terra Média.
David Andrew Leo Fincher não tirou um curso de cinema, como muitos realizadores da sua geração. Aprendeu no campo, ou, como dizem os americanos, on the job, como assistente de câmara e técnico de efeitos especiais. Começou por baixo, a realizar géneros que os mais conservadores da Terra dos Media tendem a considerar como menores.
Pertence assim a uma vaga de cineastas que entrou pela porta das traseiras da 7ª Arte e que ajudou a reconfigurar o Cinema, acrescentando-lhe a estética emergente dos audiovisuais e da televisão, dando-lhe uma dimensão cinematográfica.
Hoje, visitamos o Totem de David Fincher, no sagrado panteão… da Terra Média.
Texto de Gonçalo Madail
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