Amália elogiava-lhe a voz.
Mário Martins da EMI-Valentim de Carvalho também:
“A grande voz que nós tivemos e temos em Portugal”.
O rol continua.
Simone de Oliveira considera que Lara Li é:
“das mulheres com a voz mais deslumbrante”.
Lara reúne consenso.
Disso não há dúvidas.
A sua fonogenia.
A sua dicção.
A sua elegância a cantar.
…cantou foi pouco.
Deixou sempre Água na Boca.
O fundador dos Linda Martini fê-la regressar em 2023.
André Henriques conseguiu convencê-la a executar uma delicada acrobacia.
E logo num direto televisivo.
E logo no Festival da Canção.
O processo teve o seu quê.
André compôs Funâmbula.
Fez por descobrir o número de telemóvel de Lara Li.
Arriscou a pergunta.
E da Suécia veio um ‘sim’ por escrito.
Depois do ‘sim’…
um ‘nim’.
Lá longe, de férias, Lara começou a hesitar.
Dúvidas, inseguranças…
estancadas por André Henriques.
Ela pensou: “este homem é especial”.
E confiou.
Deixou-se ir.
Ciente da delicadeza da acrobacia.
Mas ciente, sobretudo, desta máxima:
“Quando uma pessoa chega a uma certa idade,
começa a perceber que não pode deixar cair mais coisas”.
As oportunidades…
Lara brincou consigo própria:
“Já não tens muito tempo, vê lá!”
Neste Infinito Particular da Antena 1, a cantora de ‘Telepatia’ faz um balanço dos últimos anos…
Conta-nos porque é que a sua carreira desacelerou…
CANTA-nos Funâmbula e o incontornável Barco Negro a capella…
[mesmo constipada!]
E revela-nos uma paixão por uns certos voos que permitem criar um ambiente de imponderabilidade…